Outra acção de reconhecido mérito cultural
Senhoras e senhores: um soneto!
( Dedicado ao novo Secretário de Estado da Educação )
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
Olavo Bilac ( 1865-1918 )
1 Comments:
Lamentavelmente esta nossa atitude é comum a muitos outros, a inserção de publicidade a outro blog, corta por vezes o sentido dos comentários ao tema do post. Por isso as nossas desculpas.
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Solesticio
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