Pela última vez: TENHA JUÍZO!!
Caros leitores, garanto-vos que estava decidido a não abordar mais este assunto. Pensei que não seria necessário, pois os argumentos deixam de ser pertinentes a partir do momento em que alguém decide jogar com regras próprias. Estava tudo explicado em postas e comentários espalhados por este blogue abaixo. Assunto encerrado.
Pois era. Só que, mais uma vez, sinto-me forçado a responder a afirmações torpes e insinuações ofensivas. Mas agora fica a promessa: só volto a esta matéria se não tiver que me curvar demasiado para acompanhar o nível do debate.
Para o autor das postas do Bota Acima, o conceito de "lixo" devia certamente ser alvo de uma revisão semântica. É que, pelos vistos, a definição mais apropriada seria qualquer coisa como: "comentários que manifestam discordância relativamente às minhas ideias; qualquer comentário que não possa ser considerado um ditirambo à minha bela prosa". E o lixo, como toda a gente sabe, deita-se fora. Para que mais ninguém o veja, para que não incomode com o seu odor nauseaundo. Ou recicla-se.
Num blogue, a reciclagem é fácil e barata: apaga-se a posta inicial, aproveita-se a fotografia, refaz-se o texto, e deitam-se mais umas achas para a fogueira, à laia de piscadelas de olho aos iniciados. Tudo sem permitir a discordância, claro. Pelo caminho, atropelam-se mais uns quantos comentadores que exprimiam os seus estados de alma e as suas opiniões - que desplante! Tudo no mesmo saco do lixo, que é para ser mais rápido. Depressa, depressa, antes que as visitas dêem pelo cheiro.
O produto da reciclagem faz uma ligeira inflexão, trazendo para a conversa questões clubísticas ( provavelmente para baralhar ), revisitando tristes hábitos de gerações iletradas ( que, desconfio, estarão em franco declínio ), e - como não podia deixar de ser - justificando o injustificável.
Para ser sincero, estou-me nas tintas para o futebol. Mas sei o suficiente para perceber a manobra. Vai-se buscar o Eusébio ( quem não gosta de Eusébio? ), traz-se para a conversa o som "macacal" ( quem, com dois ou três neurónios a funcionar, não sente repugnância por isto? ), e mistura-se tudo no mesmo caldo, que é para parecer que é tudo a mesma coisa. Brilhante! Até há exemplos históricos de como pode funcionar bem.
Se juntarmos a isto a estratégia de apagar os comentários que possam denunciar a caldeirada, então é mesmo de mestre. Não falha.
E eis que surge novamente a acusação de racismo, vogando livremente, sem perigo de abalroamento por qualquer embarcação corsária. Velas ao vento, lá vai ela: "Porque o racismo, como todas as pestes, enquanto não é doutrina oficializada e não enche comícios, prefere manifestar-se pelo disfarce da inocência do macaquinho que brincava com a mãe". Por acaso, também conheço a história do macaquinho. É uma história com moral duvidosa, para o caso de nunca terem pensado nisso. Pode ser que aí volte um dia, num especial Bloff Geographic. O resto é demagogia barata. É como sugerir que as anedotas sobre judeus ( que, só por acaso, são inventadas pelos próprios judeus ) foram a causa de Auschwitz, ou que as anedotas sobre alentejanos estão na origem da desertificação do Alentejo. Em suma, é matar o mensageiro para acabar de vez com a ironia.
Assim, e retrospectivamente, percebo melhor algumas postas do Bota Acima. Quando Teresa Caeiro era apelidada de "Barbie" ( ACTUALIZAÇÃO a 29/7: já alterado para "Teggy" - mais uma lição de ética e honestidade intelectual do sr. João Tunes! ), por exemplo, isto só podia significar uma manifestação de sexismo inqualificável. Isto tem um significado muito claro: "uma mulher, ainda por cima bonita, é uma boneca; as bonecas não podem ter cargos importantes no Estado; as bonecas servem para nós brincarmos com elas". Procurem críticas ao desempenho de Teresa Caeiro como Sec. de Estado. Encontraram? Procurem uma avaliação do seu trabalho na Seg. Social. Não encontram, pois não? Conclui-se, portanto, que tudo resulta do tal preconceito sexista. Não é só Teresa Caeiro o alvo do Bota Acima, são todas as mulheres - sobretudo as louras e bonitinhas. É que não há outra hipótese. "Só por brincadeira"? "Sem ofensa"? Está bem, está. Olha o macaquinho...
Finalmente, a justificação para a reciclagem: "Desta vez, o melhor que consegui foi apagar um post sobre ele [Mantorras] e que trouxe para aqui lixo que o Mantorras não merecia. Por ele e porque o lixo não merece troco nem chão para pousar os pés. E escusam de insistir porque não os deixo aqui ficarem muito tempo."
Já falei sobre o lixo. Confesso agora que insisti. Fui relapso mesmo. Avisei, por duas vezes, que tinha escrito respostas ao texto apagado. Simples avisos, sem provocação - em memória dos velhos tempos, quando o Bloff era uma "equipa magnífica" ( isto é, há três dias ). Mas pequei e não espero absolvição. Não voltarei a avisar. Como não apago textos, será sempre fácil confrontarem-me com as minhas palavras. Houve também um leitor que teve a distinta lata de deixar o seu comentário nos dois blogues, dizendo que o fazia por considerar que era uma opção democrática. Ah! A infâmia! Tudo apagado! Se quiserem ler, está aqui - não há pressa, pois vai lá ficar muito tempo.
Para terminar: se o autor do Bota Acima prefere pensar que somos racistas, que temos qualquer razão para não gostar de Mantorras, ou qualquer outro disparate que lhe ocorra por desfastio, que o pense livremente. Peço-lhe, no entanto: tenha juízo e não o escreva.
Pois era. Só que, mais uma vez, sinto-me forçado a responder a afirmações torpes e insinuações ofensivas. Mas agora fica a promessa: só volto a esta matéria se não tiver que me curvar demasiado para acompanhar o nível do debate.
Para o autor das postas do Bota Acima, o conceito de "lixo" devia certamente ser alvo de uma revisão semântica. É que, pelos vistos, a definição mais apropriada seria qualquer coisa como: "comentários que manifestam discordância relativamente às minhas ideias; qualquer comentário que não possa ser considerado um ditirambo à minha bela prosa". E o lixo, como toda a gente sabe, deita-se fora. Para que mais ninguém o veja, para que não incomode com o seu odor nauseaundo. Ou recicla-se.
Num blogue, a reciclagem é fácil e barata: apaga-se a posta inicial, aproveita-se a fotografia, refaz-se o texto, e deitam-se mais umas achas para a fogueira, à laia de piscadelas de olho aos iniciados. Tudo sem permitir a discordância, claro. Pelo caminho, atropelam-se mais uns quantos comentadores que exprimiam os seus estados de alma e as suas opiniões - que desplante! Tudo no mesmo saco do lixo, que é para ser mais rápido. Depressa, depressa, antes que as visitas dêem pelo cheiro.
O produto da reciclagem faz uma ligeira inflexão, trazendo para a conversa questões clubísticas ( provavelmente para baralhar ), revisitando tristes hábitos de gerações iletradas ( que, desconfio, estarão em franco declínio ), e - como não podia deixar de ser - justificando o injustificável.
Para ser sincero, estou-me nas tintas para o futebol. Mas sei o suficiente para perceber a manobra. Vai-se buscar o Eusébio ( quem não gosta de Eusébio? ), traz-se para a conversa o som "macacal" ( quem, com dois ou três neurónios a funcionar, não sente repugnância por isto? ), e mistura-se tudo no mesmo caldo, que é para parecer que é tudo a mesma coisa. Brilhante! Até há exemplos históricos de como pode funcionar bem.
Se juntarmos a isto a estratégia de apagar os comentários que possam denunciar a caldeirada, então é mesmo de mestre. Não falha.
E eis que surge novamente a acusação de racismo, vogando livremente, sem perigo de abalroamento por qualquer embarcação corsária. Velas ao vento, lá vai ela: "Porque o racismo, como todas as pestes, enquanto não é doutrina oficializada e não enche comícios, prefere manifestar-se pelo disfarce da inocência do macaquinho que brincava com a mãe". Por acaso, também conheço a história do macaquinho. É uma história com moral duvidosa, para o caso de nunca terem pensado nisso. Pode ser que aí volte um dia, num especial Bloff Geographic. O resto é demagogia barata. É como sugerir que as anedotas sobre judeus ( que, só por acaso, são inventadas pelos próprios judeus ) foram a causa de Auschwitz, ou que as anedotas sobre alentejanos estão na origem da desertificação do Alentejo. Em suma, é matar o mensageiro para acabar de vez com a ironia.
Assim, e retrospectivamente, percebo melhor algumas postas do Bota Acima. Quando Teresa Caeiro era apelidada de "Barbie" ( ACTUALIZAÇÃO a 29/7: já alterado para "Teggy" - mais uma lição de ética e honestidade intelectual do sr. João Tunes! ), por exemplo, isto só podia significar uma manifestação de sexismo inqualificável. Isto tem um significado muito claro: "uma mulher, ainda por cima bonita, é uma boneca; as bonecas não podem ter cargos importantes no Estado; as bonecas servem para nós brincarmos com elas". Procurem críticas ao desempenho de Teresa Caeiro como Sec. de Estado. Encontraram? Procurem uma avaliação do seu trabalho na Seg. Social. Não encontram, pois não? Conclui-se, portanto, que tudo resulta do tal preconceito sexista. Não é só Teresa Caeiro o alvo do Bota Acima, são todas as mulheres - sobretudo as louras e bonitinhas. É que não há outra hipótese. "Só por brincadeira"? "Sem ofensa"? Está bem, está. Olha o macaquinho...
Finalmente, a justificação para a reciclagem: "Desta vez, o melhor que consegui foi apagar um post sobre ele [Mantorras] e que trouxe para aqui lixo que o Mantorras não merecia. Por ele e porque o lixo não merece troco nem chão para pousar os pés. E escusam de insistir porque não os deixo aqui ficarem muito tempo."
Já falei sobre o lixo. Confesso agora que insisti. Fui relapso mesmo. Avisei, por duas vezes, que tinha escrito respostas ao texto apagado. Simples avisos, sem provocação - em memória dos velhos tempos, quando o Bloff era uma "equipa magnífica" ( isto é, há três dias ). Mas pequei e não espero absolvição. Não voltarei a avisar. Como não apago textos, será sempre fácil confrontarem-me com as minhas palavras. Houve também um leitor que teve a distinta lata de deixar o seu comentário nos dois blogues, dizendo que o fazia por considerar que era uma opção democrática. Ah! A infâmia! Tudo apagado! Se quiserem ler, está aqui - não há pressa, pois vai lá ficar muito tempo.
Para terminar: se o autor do Bota Acima prefere pensar que somos racistas, que temos qualquer razão para não gostar de Mantorras, ou qualquer outro disparate que lhe ocorra por desfastio, que o pense livremente. Peço-lhe, no entanto: tenha juízo e não o escreva.
2 Comments:
Já não é o primeiro, caro pirata.
Parece ser uma tática aprendida, daquelas que se aprendem na escola da intolerância e do "doce mamar"
O camarada João Tunes é um especialista nestas técnicas de primeiro amar, para depois desancar, utilizando sempre o linguajar de quem é irredutível e detentor da sabedoria.
Não há pachorra para gajos como ele. Pela minha parte já a perdi há muito, embora ele continue com provocações da escola estalinista que o caracteriza.
Aos poucos as pessoas, também aqui na Blogosfera, se revelam. E quem não interessa, ainda que escreva bem, como o Tunes faz, pode merecer leitura mas não troco.
Depois desta, fiquei sem trocos, para ser sincero. Tenho notas grandes, mas não vão para aquele peditório. Há ca(u)sas mais nobres...
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