O Vaivém Municipal

Santana Lopes assumiu no último sábado, "por direito próprio"(sic), as funções de presidente da Câmara de Lisboa, anunciou o gabinete do autarca.
Segundo o comunicado, a primeira reunião de trabalho entre Santana Lopes e o ex-presidente da Câmara Carmona Rodrigues ocorreu "no âmbito de um processo de plena concertação entre os dois" (?).

Quais dois? Entre Santana e Carmona não foi de certeza, sabendo-se o que se sabe sobre o que pensa (mas não diz) o segundo. Só pode ter sido entre o Santana ex-quase-primeiro ministro e o Santana ex-quase-presidente da câmara.
Para fechar com chave d’ouro, P.S.L. enviou, esta terça-feira, um comunicado aos Lisboetas, no qual promete dar todo o seu trabalho «até ao final do mandato sem procurar vantagens materiais». Na missiva aos munícipes, aquele que já foi ex, mas que agora volta a ser o presidente da CML explica que suspendeu o mandato autárquico em Julho «por ter sido chamado ao exercício do cargo de primeiro-ministro num momento particularmente difícil» e sublinha que «não há trabalho mais bonito em política do que o trabalho autárquico» (de repente, não sei porquê, fiquei com saudades das minhas redacções da primária).

O Bloff sugere a criação de uma marcha, a editar em “single” (viva o vinil!), para celebrar o regresso do edil:

Lado A: “Santana vai, Santana vem” – versão portuguesa
Lado B: “Easy come, easy go” – versão inglesa