Os Santaníadas - XVI Desencanto
"Contra Ventos e Marés "
Ó ninfa, a mais fermosa do oceano,
Já que minha presença não te agrada,
Que te custava ter-me neste engano,
Que fosse monte, nuvem, sonho ou nada?
Daqui me parto, irado e quase insano
Da mágoa e da desonra ali passada,
A buscar outro mundo, onde não visse
Quem de meu pranto e de meu mal se risse.
Eram já neste tempo meus irmãos
Vencidos e em miséria extrema postos,
E, por mais segurar-se os deuses vãos,
Alguns a vários montes sotopostos.
E, como contra o céu não valem mãos,
Eu, que chorando andava meus desgostos,
Comecei a sentir, do Fado imigo,
Por meus atrevimentos, o castigo.
O elogio fúnebre. (link)
... E o poeta, onde quer que ele esteja, que nos perdoe!
4 Comments:
Amen. R.I.P.
Excepcionalmente congeminado.
Dou 20 valores!
Maria, eventualmente.
Ò Pirata, essa não te perdoo. Misturares o Camões com esta malta?
Ainda os vais inspirar a escrever uma Odisseia sobre os últimos meses. Parece que estou a ver, o Sarmento a debater-se heroicamente contra uma lagosta carnívora nas águas de S. Tomé.
Hoje estou mesmo doido. O Benfica foi de vela (e mereceu).
Parabens à lagartagem!
Primeiro, 20 valores pelo grafismo do blogue.
Depois, excelente a ideia de trazer à baila o Luiz Vaz para espadeirar nestes infelizes.
Se ele ainda cá estivesse, tinha matéria para escrever mais dez cantos!
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