ANALOGIAS ANTAGÓNICAS
Pirata
Sou o único homem a bordo do meu barco.
Os outros são monstros que não falam,
Tigres e ursos que amarrei aos remos,
E o meu desprezo reina sobre o mar.
Gosto de uivar no vento com os mastros
E de me abrir na brisa com as velas,
E há momentos que são quase esquecimento
Numa doçura imensa de regresso.
A minha pátria é onde o vento passa,
A minha amada é onde os roseirais dão flor,
O meu desejo é o rastro que ficou das aves,
E nunca acordo deste sonho e nunca durmo.
(Sophia de Mello Breyner)
Para a Pirata Cientista
e para todos aqueles que, como nós, têm um pirata dentro de si (salvo seja).
3 Comments:
Ó JPEG, isto assim até parece um daqueles blogues sensíveis, pá. Tu andas um bocado descompensado...
\:)
Ó Pirata do caraças, estava a ver que não comentavas, pá. Missão cumprida!
A propósito, em vez do "pirata" da S.M B., estive para postar o "Podes ficar com o carro, a casa,
o barco, mas não fiques com ele...!", da Ágata e passou-me pela cabeça, em alternativa, o "Pão, pão, fiambre, fiambre" do Tino de Rãs.
Oh Pirata JPEG, essa do "...podes ficar com a casa e o carro... era p´ra mim? Por acaso pensas que é igual dedicares-me S.M.B. ou Tino de Rans? Ai vais ao Arrotilha, vais. De qualquer modo, como o bom senso imperou, muito obrigada.
Pirata Cientista
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