28.2.05
Caro Dr. Moita de Deus,
Começo por pedir desculpa por este lamentável atraso. O tempo escasseia, de facto.
Interromper uma sessão de terapia assim por tanto tempo tem consequências nefastas na lógica discursiva. Assim, abdicarei de qualquer pretensão de fazer deste último texto uma continuação, em sentido estrito, dos textos anteriores ( Parte I / Parte II ).
Antes de tentar compreender as razões para ser de esquerda, deveria ter começado por uma questão prévia: serei realmente de esquerda? Convenhamos que seria embaraçoso para este seu interlocutor o reconhecimento tardio de uma qualquer indefinição política que complicasse o meu posicionamento ideológico no quadro simplificador ( simplista, quiçá? ) das habituais latitudes.
De esquerda, portanto.
Num país que "virou à esquerda", isto talvez signifique agora ser "da situação". Ou assim já começam os seus amigos a querer fazer crer ( perdoe o mau jeito fonético ), no quadro das habituais generalizações. Nada mais errado.
É que a minha esquerda talvez nem exista como esquerda. Isto é, a minha esquerda perde em pragmatismo com todas as esquerdas e direitas, do mundo e da História, que defendem o realismo puro e duro. Assim mesmo.
A minha esquerda é aquela que chega a comparar Cristo a Che Guevara ( oh, máxima heresia! ) - sim, sabemos que há muitas diferenças, como em tudo há diferenças ( basta ler os dois Testamentos, não é verdade?); a minha esquerda é aquela que tão bem compreende o Quijote, reconhecendo lá a centelha vital da humanidade; aquela que leu Darwin para continuar a acreditar no animal homem, em vez de se render à lei da selva; em suma, aquela que pode perfeitamente ser cínica quando escreve, sendo utópica quando pensa. Conhece esta esquerda?
E a nossa direita, conhece? A direita que governou Portugal com maioria parlamentar, inoculando o ideal do sucesso fácil e da ética da pataca; a direita que perdeu a melhor oportunidade que já tivemos para mudar a mentalidade acanhadinha que herdámos dos nossos egrégios e amordaçados avós; a direita que voltou a governar Portugal com maioria parlamentar, corroendo a alma do País enquanto enchia a boca com a Nação; a direita que, se pudesse ( e o Deus dos agnósticos nos livre! ), transformava este cantinho numa estância regada a sumos de fruta e vinhola barata, para gáudio do turista de além-mar; a direita que defende a virtude da selvajaria, acenando com a caixinha de esmolas para remendar a vida dos desvalidos; a direita que falhou, falhou, e voltou a falhar - por antítese com a "competência" que nos quer vender; a direita que se desloca para o centro quando dá jeito; a direita que vai à feira e dança o fandango; a direita que compra submarinos quando o desemprego aumenta; a direita que envia cartas redundantes a pensar nas urnas; a direita que vai à missa em directo para as notícias das oito; a direita que, soube-o hoje, se encarregou de desfalcar a Segurança Social; a direita das trapalhadas e das patacoadas. Conhece esta direita?
Repare como é difícil abandonar o cliché. O meu caro amigo refugiou-se na ironia para o usar com eficácia. Eu próprio costumo fazê-lo com frequência, como já saberá. Mas agora tudo mudou. Agora, e contrariando alguma euforia que se instala, eu tenho mais a perder se as coisas correrem mal. Agora é que são elas, sói dizer-se.
Se esta esquerda se afastar muito da minha esquerda, pressinto que já não a verei reinventada - será tarefa para gerações vindouras. Lá voltará a divina Economia, essa magnífica ciência que tanto deve à biópsia. Lá voltará o "realismo", que insiste em fazer rimar "globalização" com "desumanização", como se o livro de rimas não contemplasse outras hipóteses mais risonhas. Lá voltarão as "reformas" que só se podem cumprir com a destruição - total, de preferência - da Constituição. Lá voltarão os fantasmas da descolonização, os mártires da deserção, e a paranóia da revisão. E depois de tudo isto, voltará um centro-esquerda qualquer, incaracterístico e pragmatista. Tudo a perder, como vê.
Por enquanto, ficou um ar mais respirável, um cheirinho de optimismo ( do antropológico, pois claro, mas também do patriótico - no bom sentido ). Já não é mau.
Entretanto, o meu caro amigo tem uma direita para reconstruir. Use bem este tempo.
Cordialmente,
P.F.
( ora bolas! que texto tão sério! tenho que voltar aos comprimidos... )
27.2.05
Edgares 2005
Queridos leitores do Bloff,
A cerimónia de entrega dos Edgares 2005 (os gringos têm o Oscar, nós o Edgar - também com um orçamento de quarenta e sete euros e sessenta e nove cêntimos, não nos podíamos envolver em grandes aventuras...) terá lugar esta noite, pelas vinte e três horas e trinta e um minutos, na Sociedade Recreativa e Desportiva Bloffense.
Esta primeira edição vai ser apresentada pelo tia Genoveva Pulmão, cantadeira do rancho folclórico local , a qual servirá de elo de ligação entre os vários momentos que distinguem a totalidade das categorias em disputa e as cerca de 20 estatuetas em jogo.
O evento será transmitido em directo pela TPB, Televisão Pirata do Bloff (apontai as vossas antenas, salvo seja, para os lados do armazém do Tóino da Abriga, Deus o tenha em descanso), sendo o filme «XVI Governo Constitucional II – A Saga», de S. Lopes, o grande favorito da noite com uma mão cheia de nomeações.
Durante a cerimónia será atribuido o “Edgar de Carreira”, não ao chofer da camioneta da carreira, o Jacinto Morcela, mas ao nosso querido benemérito e ilustríssimo Presidente da Junta, o Pirata Local.
***********************************************************************************************************************
Então, eis aqui os nomeados:
Filme (Best Picture)
“XVI Governo Constitucional II – A Saga”, de Santana Lopes
Realização (Directing)
Jorge Sampaio em “XVI Governo Constitucional II – A Saga”
Actor e Actriz Principais (Actor/Actress in a Leading Role)
Santana Lopes em “XVI Governo Constitucional II - A Saga”
Maria do Carmo Seabra em “Não Acho Interessante, Tá a Ver?!”
Durão Barroso em “O Fugitivo”
Actor e Actriz Secundários (Actor/Actress in a Supporting Role)
Luís Nobre Guedes em “O Rambo Desambientado”
Morais Sarmento em “O Falcon da Malta”
Rui Gomes da Silva em “O Lápis Azul”
Manuela Ferreira Leite em “A Proscrita”
Maria do Carmo Seabra em “O Concurso Faz de Compta”
Argumento (Writting – Screenplay – Original)
“A Direita Populista”, de Paulo Portas
Filme Estrangeiro (Foreign Language Film)
“A Guerra do Pitrol”, de G.W.Bush
Animação (Animated Feature Film)
“Pequenos Heróis”, de António Vitorino e Marques Mendes
Canção Original (Music – Original Song)
“O Menino Guerreiro” , do filme“XVI Governo Constitucional II – A Saga”
Montagem (Editing)
“Marketing de campanha do PSD”
Efeitos Visuais (Visual Effects)
Bagão Felix em “O Inquisidor Fiscal”
Guarda-Roupa (Costume Design)
Sócrates, o Piroso em “Discurso da Vitória”
Fotografia (Cinematography)
Francisco Louçã em “O Tele-Evangelista”
Sonoplastia (Sound Mixing)
Jerónimo, o Afónico em “Debate a Quatro e Meio”
Efeitos Sonoros (Sound Editing)
”Velório ou Requiem por um Líder” – Militantes do CDS/PP
Curta-metragem (Short Film – Live Action)
“100 dias de Desgovernação”, de S. Lopes
Curta de Animação (Short Film – Animated)
“A Recandidatura do Menino Guerreiro”, de S. Lopes
Documentário Longa-metragem (Documentary Feature)
“Sampaio, El Presidente – Os Pés Pelas Mãos”
Documentário Curta-metragem (Documentary Short Feature)
“Henrique Chaves, o Breve”
O evento será transmitido em directo pela TPB, Televisão Pirata do Bloff (apontai as vossas antenas, salvo seja, para os lados do armazém do Tóino da Abriga, Deus o tenha em descanso), sendo o filme «XVI Governo Constitucional II – A Saga», de S. Lopes, o grande favorito da noite com uma mão cheia de nomeações.
Durante a cerimónia será atribuido o “Edgar de Carreira”, não ao chofer da camioneta da carreira, o Jacinto Morcela, mas ao nosso querido benemérito e ilustríssimo Presidente da Junta, o Pirata Local.
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Então, eis aqui os nomeados:
Filme (Best Picture)
“XVI Governo Constitucional II – A Saga”, de Santana Lopes
Realização (Directing)
Jorge Sampaio em “XVI Governo Constitucional II – A Saga”
Actor e Actriz Principais (Actor/Actress in a Leading Role)
Santana Lopes em “XVI Governo Constitucional II - A Saga”
Maria do Carmo Seabra em “Não Acho Interessante, Tá a Ver?!”
Durão Barroso em “O Fugitivo”
Actor e Actriz Secundários (Actor/Actress in a Supporting Role)
Luís Nobre Guedes em “O Rambo Desambientado”
Morais Sarmento em “O Falcon da Malta”
Rui Gomes da Silva em “O Lápis Azul”
Manuela Ferreira Leite em “A Proscrita”
Maria do Carmo Seabra em “O Concurso Faz de Compta”
Argumento (Writting – Screenplay – Original)
“A Direita Populista”, de Paulo Portas
Filme Estrangeiro (Foreign Language Film)
“A Guerra do Pitrol”, de G.W.Bush
Animação (Animated Feature Film)
“Pequenos Heróis”, de António Vitorino e Marques Mendes
Canção Original (Music – Original Song)
“O Menino Guerreiro” , do filme“XVI Governo Constitucional II – A Saga”
Montagem (Editing)
“Marketing de campanha do PSD”
Efeitos Visuais (Visual Effects)
Bagão Felix em “O Inquisidor Fiscal”
Guarda-Roupa (Costume Design)
Sócrates, o Piroso em “Discurso da Vitória”
Fotografia (Cinematography)
Francisco Louçã em “O Tele-Evangelista”
Sonoplastia (Sound Mixing)
Jerónimo, o Afónico em “Debate a Quatro e Meio”
Efeitos Sonoros (Sound Editing)
”Velório ou Requiem por um Líder” – Militantes do CDS/PP
Curta-metragem (Short Film – Live Action)
“100 dias de Desgovernação”, de S. Lopes
Curta de Animação (Short Film – Animated)
“A Recandidatura do Menino Guerreiro”, de S. Lopes
Documentário Longa-metragem (Documentary Feature)
“Sampaio, El Presidente – Os Pés Pelas Mãos”
Documentário Curta-metragem (Documentary Short Feature)
“Henrique Chaves, o Breve”
Andai lá, votai nos vossos favoritos!
26.2.05
Pirata na brasa
O piloto português Tiago Monteiro assinou com a Jordan, pela qual competirá no Mundial de Fórmula 1, com início a 6 de Março, em Melbourne, na Austrália.
O piloto portuense, de 28 anos, assinou pela escuderia britânica, depois de ter tratado em Portugal de todas as questões relacionadas com os patrocínios necessários.
O piloto portuense, de 28 anos, assinou pela escuderia britânica, depois de ter tratado em Portugal de todas as questões relacionadas com os patrocínios necessários.
Como se pode ver, junto das entradas de ar dos radiadores, o Bloff “patrocina” o pirata voador.
24.2.05
Tecnoprofeta - a travessia
Então Sócrates estendeu a mão sobre o mar; e o Senhor fez retirar o mar por um forte vento oriental toda aquela noite, e fez do mar terra seca, e as águas foram divididas.
E os filhos de Luso entraram pelo meio do mar em seco; e as águas foram-lhes qual muro à sua direita e à sua esquerda.
E o Senhor disse ainda: "Vê lá quem é que vais buscar para o governo! Se não te portas bem, arranjo uma praga de piolhos só para ti."
Ao fundo, avistava-se já o radiante futuro tecnológico; e os filhos de Luso viram que isso era bué da fixe; e as crianças da pré-escolar disseram: Hey, man!
Os Santaníadas - XVI Desencanto
"Contra Ventos e Marés "
Ó ninfa, a mais fermosa do oceano,
Já que minha presença não te agrada,
Que te custava ter-me neste engano,
Que fosse monte, nuvem, sonho ou nada?
Daqui me parto, irado e quase insano
Da mágoa e da desonra ali passada,
A buscar outro mundo, onde não visse
Quem de meu pranto e de meu mal se risse.
Eram já neste tempo meus irmãos
Vencidos e em miséria extrema postos,
E, por mais segurar-se os deuses vãos,
Alguns a vários montes sotopostos.
E, como contra o céu não valem mãos,
Eu, que chorando andava meus desgostos,
Comecei a sentir, do Fado imigo,
Por meus atrevimentos, o castigo.
O elogio fúnebre. (link)
... E o poeta, onde quer que ele esteja, que nos perdoe!
23.2.05
E ficamos à espera do haiku...
Ó sr. André, pá, qual ira qual irra! Desconfio que ainda não me viu com a bílis entornada, pois não? Quando isso acontece, é mais assim. Compare lá. Está a ver? Eu não disse?
O resto são brincadeiras para exercitar a pena ( olha a metonííímia! é pró menino e prá meniiiina! ).
Let by-gones be by-gones, pá. Peace on earth, pá. Friends, pá?
( se estava à espera de brincadeira, peço desculpa - o tempo escasseia e a inspiração tem dias... )
22.2.05
CADA TIRO, CADA MELRO...
Santana mantém-se na liderança do PSD
Santana Lopes disse, na noite de domingo, que iria convocar um conselho extraordinário do PPD-PSD, admitindo a derrota nas eleições presidenciais, mas afastando a sua possível demissão.
NÃO VAI (não?!)
Santana pode deixar liderança do PSD
Santana Lopes poderá deixar a liderança do PSD no próximo Congresso do partido, disse à Lusa, esta terça-feira, fonte do gabinete do primeiro-ministro demissionário.
MAS VAI OU NÃO VAI? (vai?)
Santana vai deixar liderança do PSD
Santana Lopes acabou de confirmar que não se vai recandidatar à liderança do PSD. Falando na sede do partido em Lisboa, o líder social-democrata adiantou que o congresso que vai definir o novo líder deve acontecer possivelmente nos dias 15, 16 e 17 de Abril.
VAI MESMO (irá?)
21.2.05
Edital 1/2005
Caros compadres,
A gente já sabemos que o Governo vai mudar. Vimos onteim na telvisão que agora parece que vai ser o Partido Secialista.
Eu, enquanto Presidente da Junta de Freguesia do Bloff, quero desde já espressar os mês votos para que tudo corra beim e para que a convivência democrática se dê e se receba.
Inté agora, falta acabar o urinol da Rua da Panelinha, mas que já tinha as verbas garantidas pelo Governo secante. Tamém falta comprar um carro para o Presidente, que sou eu, mas isso nem é urgente que eu continuo a entregar os talões do gasoil.
O que a gente queremos mesmo é que o novo ministro do Turismo faça aqui um Museu da Pirataria, em honra dos nossos compadres mais famosos. A gente já temos um sítio bom para isso e tudo que era o armazém do Tóino da Abriga que já morreu coitado. Só precisamos mêmo é do carcanhól.
Prontos. Que toda a gente seja feliz e não se esqueçam de ir ao baile da Sociedade Desportiva Bloffense na sesta-feira.
O Presidente da Junta de Freguesia do Bloff,
Pirata Local
A gente já sabemos que o Governo vai mudar. Vimos onteim na telvisão que agora parece que vai ser o Partido Secialista.
Eu, enquanto Presidente da Junta de Freguesia do Bloff, quero desde já espressar os mês votos para que tudo corra beim e para que a convivência democrática se dê e se receba.
Inté agora, falta acabar o urinol da Rua da Panelinha, mas que já tinha as verbas garantidas pelo Governo secante. Tamém falta comprar um carro para o Presidente, que sou eu, mas isso nem é urgente que eu continuo a entregar os talões do gasoil.
O que a gente queremos mesmo é que o novo ministro do Turismo faça aqui um Museu da Pirataria, em honra dos nossos compadres mais famosos. A gente já temos um sítio bom para isso e tudo que era o armazém do Tóino da Abriga que já morreu coitado. Só precisamos mêmo é do carcanhól.
Prontos. Que toda a gente seja feliz e não se esqueçam de ir ao baile da Sociedade Desportiva Bloffense na sesta-feira.
O Presidente da Junta de Freguesia do Bloff,
Pirata Local
A esquerda no divã - Parte II
( continuando )
Caro Rodrigo,
Caro Rodrigo,
Não sei se é pessoa para se questionar diariamente sobre os seus actos, omissões, pulsões...
Pois eu sou. Interrogo-me metodicamente acerca de tudo o que faço. Um acto falhado, uma exasperação súbita...e lá estou eu novamente, perdido em circunlocuções e solilóquios, à procura do fio que desenrola o terrível novelo da existência.
Tomemos como exemplo a esquerda. Mais concretamente, o facto de uma pessoa como eu se dizer de esquerda. O que poderá significar, hoje, ser de esquerda? Bem sei que o tema é quase estafado, tendo sido escalpelizado por mentes mais argutas e sapientes. Mas as respostas que conheço desvalorizam factores que me parecem tudo menos despiciendos.
Passo, então, ao meu caso - com a modéstia de quem admite uma idiossincrasia quase insuportável.
Correndo o risco de subvalorizar outros aspectos, julgo que a influência mais forte terá mesmo sido a televisão. Lembro-me, por exemplo, de estar a ver a série "AlôAlô" e perguntar ao meu pai: "Camarada pai, quem são estes senhores nazis?"
O meu pai, que nunca me quis influenciar politicamente, respondeu: "Camarada filho, estes senhores são a escumalha da direita. Uns porcos assassinos que dizimaram milhões de seres humanos durante a Segunda Guerra Mundial."
Compreenderá, portanto, que as primeiras associações entre a direita e o extermínio sistemático de pessoas tenham ficado gravadas na minha mente com uma vivacidade que perdura até hoje.
Outro exemplo: a Abelha Maia. No episódio "Maia descobre um ladrão", há uma colónia de formigas que consegue armazenar comida suficiente para o Inverno. Acontece, no entanto, que um escaravelho consegue roubar uma quantidade assinalável de mantimentos, comprometendo assim todo o esforço das formiguinhas. No final, Maia e os seus amigos descobrem o escaravelho e obrigam-no a devolver o que tinha roubado. Lembro-me como se fosse hoje: nesse momento, eu e os meus amigos começámos a bater palmas, seguidos por todos os circunstantes que, tal como nós, se encontravam na sede do PCP. "Sacana de capitalista, esse escaravelho!Campo Pequeno com ele!", gritávamos. Assim se construía uma consciência de classe, guiada pela noção de justiça. Quando se tem seis anos, estas coisas marcam.
Talvez fosse mais fácil associar este sentimento canhoto a antecedentes familiares. Sei lá... um bisavô que andou metido na campanha de Humberto Delgado, por exemplo. Familiares próximos que foram lutar para África...Histórias de resistência...Mas isso seria menosprezar o papel que a televisão teve na formação ideológica da minha geração. E eu não quero simplificar. Eu quero perceber.
Pirata Fantasma
( continua )
Perplexidades...
Maria José Nogueira Pinto acredita que este resultado eleitoral não tem uma equivalência "social e cultural" com o "sentir dos portugueses" ( ou coisa que o valha ).
Claro que não tem. Aliás, os portugueses nem votaram hoje. Ou melhor: não eram os portugueses de que fala Nogueira Pinto. Eram outros. Os dela foram votar. Mas, afinal, eram só 7%.
Claro que não tem. Aliás, os portugueses nem votaram hoje. Ou melhor: não eram os portugueses de que fala Nogueira Pinto. Eram outros. Os dela foram votar. Mas, afinal, eram só 7%.
Quem seriam os outros?
Então, adeus
Acredita que não é por mal. Pode parecer, mas não é.
No fundo, isto é como aqueles antigos colegas de escola que só encontramos de tempos a tempos, tás a ver? Nós até simpatizamos com eles, e tal, são uns tipos porreiros, um bocado malucos, sempre com uma anedota. Já vão no quarto casamento, já passaram pela depressão, às vezes pela bebida ou pela coca. Um tipo até ouve... e diz que compreende... e tal...
O pior é quando começam a pedir dinheiro emprestado. Uns esquemas e coiso-e-tal...uns negócios que ainda vão correr bem...Pois... Aí, o pessoal começa a desconfiar: "É que agora não dá jeito, pá...o carro para pagar...as férias...enfim..."
E acaba assim: "Então... adeus, pá. Gostei de te ver. Até à próxima...e boa sorte com esses negócios...".
Irra!!
O André, do Achtung Baby, alerta-nos para o facto de termos caído numa "armadilha". Tudo porque incorremos no pecado nº1 da blogosfera lusitana: fomos "muito básicos" quando chamámos "betos" aos meninos e meninas do Acidentado.
Se não fosse o André - que,provavelmente, assina com nome próprio para irritar os complexados pseudonimistas -, talvez nunca tivéssemos dado por esta terrível falha.
Mea culpa, mea maxima culpa! É bem verdade. Caí na esparrela. Li a posta do Rodrigo, detectei lá um queixume por ninguém os invectivar com termos estereotipados, e, zás, o básico que habita em mim irrompeu com a fúria das Fúrias.
"Betos, fascistas e reaccionários", escrevia o Rodrigo. Ah é? Toma lá: "betos, reaccionários e fascistas"- que é para saberem como elas ardem. Foi muito básico, de facto. Domine, memento mei!
O André, que deve ser tudo menos básico, percebeu logo - basicamente, por assim dizer - que eu não estava a citar o Rodrigo. Deve ter percebido, sendo pouco ou nada básico, que a minha resposta ao Rodrigo não era o início de uma pseudo-polémica. Claro que não, isto é tudo muito a sério! E logo com o Rodrigo, que é o mais reaccionário e beto deles todos! Só os básicos é que não vêem isso.
O André, anti-básico como é, até deve ter interpretado a resposta do Rodrigo como uma confissão literal, sem qualquer marca de ironia. O Rodrigo que se cuide.
Lido por um exterminador de básicos deste calibre, o epíteto de "básico" é um mimo.
( por sinal, acho que estou a ser um bocado básico por estar a responder a isto - mas que se lixe, hoje estou bem disposto...)
Se não fosse o André - que,provavelmente, assina com nome próprio para irritar os complexados pseudonimistas -, talvez nunca tivéssemos dado por esta terrível falha.
Mea culpa, mea maxima culpa! É bem verdade. Caí na esparrela. Li a posta do Rodrigo, detectei lá um queixume por ninguém os invectivar com termos estereotipados, e, zás, o básico que habita em mim irrompeu com a fúria das Fúrias.
"Betos, fascistas e reaccionários", escrevia o Rodrigo. Ah é? Toma lá: "betos, reaccionários e fascistas"- que é para saberem como elas ardem. Foi muito básico, de facto. Domine, memento mei!
O André, que deve ser tudo menos básico, percebeu logo - basicamente, por assim dizer - que eu não estava a citar o Rodrigo. Deve ter percebido, sendo pouco ou nada básico, que a minha resposta ao Rodrigo não era o início de uma pseudo-polémica. Claro que não, isto é tudo muito a sério! E logo com o Rodrigo, que é o mais reaccionário e beto deles todos! Só os básicos é que não vêem isso.
O André, anti-básico como é, até deve ter interpretado a resposta do Rodrigo como uma confissão literal, sem qualquer marca de ironia. O Rodrigo que se cuide.
Lido por um exterminador de básicos deste calibre, o epíteto de "básico" é um mimo.
( por sinal, acho que estou a ser um bocado básico por estar a responder a isto - mas que se lixe, hoje estou bem disposto...)
20.2.05
Ondas de choque
Paulo Portas demite-se da liderança do CDS/PP
“...Propus-me atingir quarto objectivos, falhei os quarto!
...Acho que terminou o ciclo político de sete anos em que presidi ao CDS/PP...”
O (ainda) Presidente do CDS/PP disse que vai pedir a convocação do congresso do partido, na sequência dos resultados eleitorais deste domingo, os quais se saldaram numa derrota da direita.
O meu agnosticismo foi posto em causa...
Se a demissão de Paulo Portas foi mesmo influenciada por Deus, eu prometo que vou reler São Tomás de Aquino com mais atenção.
Sintomas
Às 5.25, O Acidentado fechou para reflexão. Prevê-se que seja longa.
[ Actualização: voltaram seis horas depois, com um amargozinho de boca que passou para a pena - ai, o povo! ( o tal que é soberano ) ai, as elites do burgo! ( a tal classe média? ou será a alta? ) ai, que se deixam enganar desta maneira pela esquerda! ( agora já é tudo burrinho, querem ver? ) ai, a democracia! ( pois é, acontece... ) ]
[ Actualização: voltaram seis horas depois, com um amargozinho de boca que passou para a pena - ai, o povo! ( o tal que é soberano ) ai, as elites do burgo! ( a tal classe média? ou será a alta? ) ai, que se deixam enganar desta maneira pela esquerda! ( agora já é tudo burrinho, querem ver? ) ai, a democracia! ( pois é, acontece... ) ]
Coitadinha da direita populista...
Legislativas 2005 - Projecções:
A acreditar nas projecções das três televisões nacionais, o PS conquistou a maioria absoluta. Na projecção da TVI, os socialistas obtêm pelo menos mais um deputado que os 116 necessários para a maioria absoluta. A projecção da SIC dá pelo menos 123 deputados ao PS e a da RTP coloca a fasquia mínima nos 124.
18.2.05
A esquerda no divã - Parte I
Caro Rodrigo Moita de Deus,
Nem sei como começar. A sua resposta excedeu as minhas melhores expectativas - já para não falar das piores... Só não fiquei banzado porque já vi um porco a cantar a Marselhesa - ah, e também já vi, na televisão, o líder de um partido conservador a mostrar uma fotografia do Presidente da República a apertar a mão do reitor que lhe subsidiava - a ele, líder conservador que respeita as instituições - o Jaguar que lhe servia de montada.
Saindo do preâmbulo que se impunha nestas circunstâncias, vou directo ao assunto, por partes:
a) Colos
O meu caro amigo pode contar connosco para diversas funções, como já saberá, mas peço-lhe que não invoque a reminiscência dessa terrível insinuação que assolou o país político. Aqui não há colo, caro amigo. Aqui sentamo-nos em cadeiras desconfortáveis - que a vida está cara -, mas nunca ao colo. O colo infantiliza, tal como a insídia imbeciliza.
b) Lama
Das duas uma: ou o meu caro amigo tem usado as terapias que menciona, ou passou uma hora a fazer pesquisa na internet para escrever um parágrafo com referências -que não confirmarei- a objectos que me parecem saídos do Star Trek ( "máscara tensora pós eléctro-estimulação"?!! Como diria um católico: por amor de Deus! ). Permita-me que ignore ostensivamente o conteúdo do parágrafo aludido. Faço-o por duas razões: porque sempre fui bonito e magro ( pergunte à minha avó, que ela confirma logo ), sendo um profundo desconhecedor de tais matérias, e para que esta nossa polémica não perca elevação e seriedade.
c) Tudo o que não escreveu
Fico feliz por lhe ter proporcionado uma forma de rentabilizar o investimento que fez ao adquirir, semana após paciente semana, os volumes da História de Portugal que se têm vendido nos quiosques.
Repare, no entanto, que o meu texto anterior era um exercício de estilo ( ou falta dele, consoante a inclinação estético-literária ), uma ligeiríssima compilação de clichés, inspirada no seu texto de desafio ( lembra-se? "fascistas", "betos", etc..?).
Pois bem, eu queria mesmo era falar de cinismo. Do Diógenes, está a ver? Era esse o desafio mais consistente do meu textículo.
Em vez disso, o meu caro amigo fala-me dessa nobre ( e tão cristã ) instituição da guerra, dos pobrezinhos que agride diariamente, das insuspeitadas tendências fascizantes dos seus amigos, do seu BMW, e sei lá que mais. Tédio. Profundo tédio. Foi o que senti, para ser sincero.
Ainda por cima, devo confessar-lhe que o meu pudor me impede de lhe responder proporcionalmente, pois os meus amigos não gostariam nada que se soubesse por aí que eles não fazem obras nos prédios só para poderem rir à grande quando vêem fotografias que ilustram as péssimas condições de vida dos seus inquilinos, entre outras infâmias que os caracterizam.
( continua )
Nem sei como começar. A sua resposta excedeu as minhas melhores expectativas - já para não falar das piores... Só não fiquei banzado porque já vi um porco a cantar a Marselhesa - ah, e também já vi, na televisão, o líder de um partido conservador a mostrar uma fotografia do Presidente da República a apertar a mão do reitor que lhe subsidiava - a ele, líder conservador que respeita as instituições - o Jaguar que lhe servia de montada.
Saindo do preâmbulo que se impunha nestas circunstâncias, vou directo ao assunto, por partes:
a) Colos
O meu caro amigo pode contar connosco para diversas funções, como já saberá, mas peço-lhe que não invoque a reminiscência dessa terrível insinuação que assolou o país político. Aqui não há colo, caro amigo. Aqui sentamo-nos em cadeiras desconfortáveis - que a vida está cara -, mas nunca ao colo. O colo infantiliza, tal como a insídia imbeciliza.
b) Lama
Das duas uma: ou o meu caro amigo tem usado as terapias que menciona, ou passou uma hora a fazer pesquisa na internet para escrever um parágrafo com referências -que não confirmarei- a objectos que me parecem saídos do Star Trek ( "máscara tensora pós eléctro-estimulação"?!! Como diria um católico: por amor de Deus! ). Permita-me que ignore ostensivamente o conteúdo do parágrafo aludido. Faço-o por duas razões: porque sempre fui bonito e magro ( pergunte à minha avó, que ela confirma logo ), sendo um profundo desconhecedor de tais matérias, e para que esta nossa polémica não perca elevação e seriedade.
c) Tudo o que não escreveu
Fico feliz por lhe ter proporcionado uma forma de rentabilizar o investimento que fez ao adquirir, semana após paciente semana, os volumes da História de Portugal que se têm vendido nos quiosques.
Repare, no entanto, que o meu texto anterior era um exercício de estilo ( ou falta dele, consoante a inclinação estético-literária ), uma ligeiríssima compilação de clichés, inspirada no seu texto de desafio ( lembra-se? "fascistas", "betos", etc..?).
Pois bem, eu queria mesmo era falar de cinismo. Do Diógenes, está a ver? Era esse o desafio mais consistente do meu textículo.
Em vez disso, o meu caro amigo fala-me dessa nobre ( e tão cristã ) instituição da guerra, dos pobrezinhos que agride diariamente, das insuspeitadas tendências fascizantes dos seus amigos, do seu BMW, e sei lá que mais. Tédio. Profundo tédio. Foi o que senti, para ser sincero.
Ainda por cima, devo confessar-lhe que o meu pudor me impede de lhe responder proporcionalmente, pois os meus amigos não gostariam nada que se soubesse por aí que eles não fazem obras nos prédios só para poderem rir à grande quando vêem fotografias que ilustram as péssimas condições de vida dos seus inquilinos, entre outras infâmias que os caracterizam.
( continua )
A grande decisão
Eu garanto que estava indeciso. Por um lado, quero contribuir para correr com o governo da Amostra de uma vez por todas ( não dá pra ser feliz, galera ). Por outro lado, desconfio que Sócrates vai ser mais parecido com o Cavaco do que com o Guterres - ao contrário da propaganda fácil que os meninos e meninas da direita têm feito. Ora, eu ainda me lembro do Cavaco...e não gostei, para ser sincero. Também não gostei muito do segundo governo do Guterres, mas isso é outra conversa.
Restava-me, então, um voto de protesto, um voto para bloqueios que até podem ser úteis, com duas opções em aberto ( ah, é verdade: não considero o Manel uma opção - até fui verificar no dicionário a palavra "opção" e confirmei que não é a mais adequada para este caso particularíssimo ). Mas a decisão...a decisão...não aparecia.
Enfim, precisava de qualquer coisa que influenciasse o meu sentido de voto.
Graças a estes senhores, já decidi: vou votar PS.
Se correr mal, vingo-me daqui a quatro anos.
Pirata Fantasma ( o que não tem asma )
Restava-me, então, um voto de protesto, um voto para bloqueios que até podem ser úteis, com duas opções em aberto ( ah, é verdade: não considero o Manel uma opção - até fui verificar no dicionário a palavra "opção" e confirmei que não é a mais adequada para este caso particularíssimo ). Mas a decisão...a decisão...não aparecia.
Enfim, precisava de qualquer coisa que influenciasse o meu sentido de voto.
Graças a estes senhores, já decidi: vou votar PS.
Se correr mal, vingo-me daqui a quatro anos.
Pirata Fantasma ( o que não tem asma )
17.2.05
Más vibrações!
Um moscovita de 25 anos ligou para as emergências, queixando-se de ter “engolido” a escova de dentes. Até aqui nada de anormal. Mas avancemos...
Durante a relação sexual, a namorada tinha deixado escapar, inadvertidamente, a escova de dentes eléctrica com que radicalizavam a sessão de marmelada em curso (ideia dela, imaginem), a qual, devido ao excesso de lubrificante usado no processo, saiu projectada das gordurosas mãos da prevaricadora, indo alojar-se, na íntegra, nas profundezas ano-rectais da “fossa abissal” do infeliz russo.
16.2.05
(Res)Caldo do Debate
Nos termos da lei em vigor, a Alta Autoridade para a Palhaçada Nacional -AAPN- exige que transcrevamos na íntegra a seguinte missiva acabada de chegar à redacção do Bloff :
Caros camaradas palhaços,
O CCDPA - Comité Central Dos Palhaços Afónicos - vem por este meio protestar veemente contra o carácter discriminatório do último post deste pasquim, repito, pasquim, claramente ao serviço do grande capital, dos grandes senhores e dos grandes interesses económicos deste país, ao omitir, intencionalmente, a sonora participação do nosso camarada secretário, o Palhaço Buzina, no pseudo-debate ontem realizado. Ele que, adoptando uma postura “low-profile”, como se diz em francês, deu uma lição de civismo aos antagonistas Tiroliro Avioneta, Trotinete do Bidé, Ventoínha Salamaleque e Roscoff Pinonin, ausentando-se sonoramente daquela palhaçada, sinal evidente de que não compactua com guerras de fezes e groselha.
Zé Morcela, porta-voz do CCDPA - Célula da Merdaleja.
Nos termos da lei em vigor, o direito de bacorada atrás editado é da inteira responsabilidade da organização interveniente.
Notícia breve
O Pirata Fantasma responderá oportunamente às forças da reacção que tentam influenciar a opinião pública contra a Revolução Bloffista.
Hoje tem mais que fazer.
Hoje tem mais que fazer.
Rescaldo do debate
Na nossa modesta opinião, Tiroliro Avioneta venceu aos pontos os candidatos dos outros partidos. Estava mais desinibido, mais à vontade com números e letras, seguríssimo nas vogais.
Ventoínha Salamaleque e Trotinete do Bidé defenderam a sua posição com vivacidade e energia, mas foram pouco eficazes no arremesso de tartes de cócó, falhando os alvos sucessivas vezes.
Roscoff Pinonin resguardou-se, como seria de esperar, procurando desviar as atenções para então atacar com o golpe da bisnagada de groselha.
É de louvar a elevação do debate, provando mais uma vez que os palhaços da freguesia do Bloff atingiram a maturidade democrática.
[ Luís Delgado vai agora analisar o debate, na SIC-Notícias. Esqueçam tudo o que acabaram de ler e preparem-se para rir que nem uns perdidos.]
14.2.05
Dossier Lúcia de Jesus
a) no Barnabé:
- Mac iconoclasta
- Tavares com sentido de Estado
b) comentários cá da casa:
"Com a morte de Lúcia, morre mais um pouco deste Portugal puro, simples, cândido e
convictamente atrasado" Pirata Fantasma
c) notícias:
- notícia da morte e nota biográfica
-PPD e CDS suspendem campanha ( e PS mais ou menos )
( no fragor da batalha, um momento de oração )
- bispo de Setúbal e pároco do PSD falam de "oportunismo político"
d) ler mais sobre estes assuntos ( clique nas imagens ):
-
Paranormal.about.com
Uma dúvida esclarecida
e) souvenirs/recuerdos/gifts/prendas
- Mac iconoclasta
- Tavares com sentido de Estado
b) comentários cá da casa:
"Com a morte de Lúcia, morre mais um pouco deste Portugal puro, simples, cândido e
convictamente atrasado" Pirata Fantasma
c) notícias:
- notícia da morte e nota biográfica
-PPD e CDS suspendem campanha ( e PS mais ou menos )
( no fragor da batalha, um momento de oração )
- bispo de Setúbal e pároco do PSD falam de "oportunismo político"
d) ler mais sobre estes assuntos ( clique nas imagens ):
-
Paranormal.about.com
Uma dúvida esclarecida
e) souvenirs/recuerdos/gifts/prendas
Importa-se de repetir?!
Este homem diz que o PP merece o "benefício da dúvida".
Este homem deve pensar que nasceu num país de gente idiota, sem memória nem consciência do que quer que seja.
Este homem varreu o centrismo do seu partido, puxando-o para o populismo ( sem o mínimo respeito por Freitas e Lucas Pires ); limpou o líder que ajudou a firmar ( perguntem ao Manel ), já com o caminho aberto para lhe suceder; agora, porque nada mais lhe resta, volta a puxar o partido para o centro ( até disputa deputados com o PS ). Deve ser a isto que chama "coerência".
Este homem importou o jornalismo de escândalo político e usou-o para assassinar o governo de Cavaco Silva. Agora, diz-se "responsável" e acima da intrigalhada.
Este homem cria fracturas a partir da religião, da memória histórica, do patriotismo. Deve ser a isto que chama "estabilidade".
Este homem já se esqueceu das suas responsabilidades na catadupa de desastres que estes dois ultimos governos criaram. Este homem é pai, tio, avô e periquito da actual taxa de desemprego. Este homem é inventor, promotor e defensor dos desequilíbrios que se instalaram na sociedade portuguesa. Este homem é co-responsável por todas as trapalhadas do governo de Santana Lopes - ou será que se demitiu sem ninguém dar por isso? Deve ser a isto que chama "competência".
Para Portugal, este homem propõe agora o turismo, o turismo e o turismo. Como é que ninguém se lembrou disso antes? É genial. Simplesmente genial. Ó grande salvador da Pátria! Portugal, a estância balnear da Europa! Da Europa? Do mundo! Para quê produzir, criar, inventar, inovar em ciência e tecnologia? O turismo só exige conhecimentos rudimentares de inglês e muita cortesia. É barato e aumenta exponencialmente a criadagem ( uma tragédia nos tempos que correm! já não se arranja ninguém de confiança! ). Parques temáticos por todo o país, já! FruitPark em Almeirim; AfonsoPark em Guimarães; FadoPark em Coimbra;BitchPark no Intendente; e por aí fora, com o Zé a servir à mesa, que é o que o Zé faz melhor.
Este homem só não me provoca angústia existencial porque sou agnóstico.
Mas que mal fizemos nós para termos que aturar este homem?
13.2.05
Sabotagem!!!
O Pedro Vieira, num comentário que ficou ali para baixo e noutro deixado no Barnabé, diz que o indivíduo representado nas fotografias da sequência de postas sobre o futuro Nobel da Sardinha Athada ( lê-se "assada" ) não é quem devia ser.
Ora, se isto é verdade, trata-se de um caso lamentável de sabotagem perpretada pelo Google. Aqui fica a nossa denúncia indignada.
Também fica uma fotografia recente, para que os veneráveis leitores possam dizer de vossa justiça. Afinal, é ou não é?
Se não for, pedimos desculpa ao anónimo erradamente representado como Nuno Fernandes Thomaz - eu, pelo menos, não gostava nada de ser confundido com ele...
Garantimos que a verdade será reposta oportuna e triunfalmente.
Ora, se isto é verdade, trata-se de um caso lamentável de sabotagem perpretada pelo Google. Aqui fica a nossa denúncia indignada.
Também fica uma fotografia recente, para que os veneráveis leitores possam dizer de vossa justiça. Afinal, é ou não é?
Se não for, pedimos desculpa ao anónimo erradamente representado como Nuno Fernandes Thomaz - eu, pelo menos, não gostava nada de ser confundido com ele...
Garantimos que a verdade será reposta oportuna e triunfalmente.
Os amigos são para as ocasiões
O nosso amigo Rodrigo Moita de Deus, que escreve naquele blogue de betos reaccionários vagamente fascistas( se compreender a piada, notará a delicadeza adverbial ), estranha a ausência de polémicas iniciadas por outros blogues - de esquerda, provavelmente.
Na minha modesta opinião, não há aqui nada de particularmente assombroso. É que, enquanto o Rodrigo anda para aí a explorar o proletariado com os seus amigos, a esquerda vai tendo coisas mais interessantes para fazer - como, por exemplo, ser explorada.
Depois indaga por que razão ninguém lhe respondeu a propósito dos cartazes da JSD. É óbvio, caro Rodrigo: é que o meu caro amigo não foi o único a gostar desses objectos para uso exterior. Toda a gente gostou. Eram bonitos, inteligentes, decentes, feitos por pessoas bem intencionadas e apreciadoras de política séria, produto óbvio de muito estudo e leitura - ah! e eu sou o Pai Natal e o meu cão aprendeu a ler com o programa do Goucha. Nada mais havia a dizer, portanto.
O problema é outro, caro de Deus. De facto, o blogue que acolhe a sua ilustre verve é, indubitavelmente, uma referência incontornável na blogosfera nacional e estrangeira ( sem ofensa para os seus colegas nacionalistas ultramontanos ). A arraia-miúda, como o Bloff, pensa duas vezes antes de se meter com tais colossos. Não queremos ser humilhados por indivíduos com a craveira intelectual dos seus amigos, como deve concordar. Por outro lado, não temos a certeza de compreender as vossas palavras, pois o nível de discussão situa-se muito para além da nossa reduzida capacidade intelectiva - eu, por exemplo, confesso que não lia nada tão complexo desde que acabei de ler umas coisitas do Donald Davidson que tenho ali em cima da mesa de cabeceira ( semi-parafraseando um notável futebolista que não envergonharia o seu blogue ).
Quanto à solidariedade, já estamos conversados. Manifestei-a oportunamente, com a veemência que tal insulto exigia. E quanto ao RAP, até vos demos umas anedotas de borla.
Numa coisa tem razão: há muito por onde pegar na blogosfera. A concorrência aumenta diariamente, a um ritmo vertiginoso. Descubro cada vez mais blogues de extrema-direita, nacionalistas, neo-fascistas, saudosistas de um tempo que ainda me envergonha enquanto cidadão deste país, entre outras descrições possíveis para a pequena galeria de horrores que se vai construindo. É que a direita confunde-se facilmente, sabe? Quando se aproveita Auschwitz para falar de Estaline, quando se fazem contas aos mortos no Iraque para defender a guerra ( ah, é verdade, esta é Santa, não é? ), enfim...quando se entra num revisionismo que relativiza o que não é relativizável, está-se mesmo a pedir um epíteto desagradável. Com tantos psicólogos por aí, porque é que não resolvem de uma vez por todas esses complexos de inferioridade moral?
Resta a indiferença. E é a minha vez de estranhar que a indiferença o incomode, pois uma das teorias que li por aí (ou noutro blogue da família beto-reaccionária ) sugeria que a direita é mais cínica que a esquerda,o que a tornaria mais sedutora, inteligente, blábláblá até ao disparate final. Ora, quanto a cinismo, acho que também já estamos conversados há muito tempo. Eu, por exemplo, levo sempre a minha lanterna quando vou ao Acidentado... ( se não perceber esta, eu explico )
Mas anime-se: enquanto a Caixa não for privatizada, pode sempre abrir polémica sobre a sua privatização.
E os contadores são como as sondagens: valem o que valem.
Pirata Fantasma
( não nos poupe com os pseudónimos, vá lá )
Na minha modesta opinião, não há aqui nada de particularmente assombroso. É que, enquanto o Rodrigo anda para aí a explorar o proletariado com os seus amigos, a esquerda vai tendo coisas mais interessantes para fazer - como, por exemplo, ser explorada.
Depois indaga por que razão ninguém lhe respondeu a propósito dos cartazes da JSD. É óbvio, caro Rodrigo: é que o meu caro amigo não foi o único a gostar desses objectos para uso exterior. Toda a gente gostou. Eram bonitos, inteligentes, decentes, feitos por pessoas bem intencionadas e apreciadoras de política séria, produto óbvio de muito estudo e leitura - ah! e eu sou o Pai Natal e o meu cão aprendeu a ler com o programa do Goucha. Nada mais havia a dizer, portanto.
O problema é outro, caro de Deus. De facto, o blogue que acolhe a sua ilustre verve é, indubitavelmente, uma referência incontornável na blogosfera nacional e estrangeira ( sem ofensa para os seus colegas nacionalistas ultramontanos ). A arraia-miúda, como o Bloff, pensa duas vezes antes de se meter com tais colossos. Não queremos ser humilhados por indivíduos com a craveira intelectual dos seus amigos, como deve concordar. Por outro lado, não temos a certeza de compreender as vossas palavras, pois o nível de discussão situa-se muito para além da nossa reduzida capacidade intelectiva - eu, por exemplo, confesso que não lia nada tão complexo desde que acabei de ler umas coisitas do Donald Davidson que tenho ali em cima da mesa de cabeceira ( semi-parafraseando um notável futebolista que não envergonharia o seu blogue ).
Quanto à solidariedade, já estamos conversados. Manifestei-a oportunamente, com a veemência que tal insulto exigia. E quanto ao RAP, até vos demos umas anedotas de borla.
Numa coisa tem razão: há muito por onde pegar na blogosfera. A concorrência aumenta diariamente, a um ritmo vertiginoso. Descubro cada vez mais blogues de extrema-direita, nacionalistas, neo-fascistas, saudosistas de um tempo que ainda me envergonha enquanto cidadão deste país, entre outras descrições possíveis para a pequena galeria de horrores que se vai construindo. É que a direita confunde-se facilmente, sabe? Quando se aproveita Auschwitz para falar de Estaline, quando se fazem contas aos mortos no Iraque para defender a guerra ( ah, é verdade, esta é Santa, não é? ), enfim...quando se entra num revisionismo que relativiza o que não é relativizável, está-se mesmo a pedir um epíteto desagradável. Com tantos psicólogos por aí, porque é que não resolvem de uma vez por todas esses complexos de inferioridade moral?
Resta a indiferença. E é a minha vez de estranhar que a indiferença o incomode, pois uma das teorias que li por aí (ou noutro blogue da família beto-reaccionária ) sugeria que a direita é mais cínica que a esquerda,o que a tornaria mais sedutora, inteligente, blábláblá até ao disparate final. Ora, quanto a cinismo, acho que também já estamos conversados há muito tempo. Eu, por exemplo, levo sempre a minha lanterna quando vou ao Acidentado... ( se não perceber esta, eu explico )
Mas anime-se: enquanto a Caixa não for privatizada, pode sempre abrir polémica sobre a sua privatização.
E os contadores são como as sondagens: valem o que valem.
Pirata Fantasma
( não nos poupe com os pseudónimos, vá lá )
12.2.05
Eu apostava num 2 em 1...afinal, estamos em contenção
Nuno Fernandes Thomaz anunciou ainda dois objectivos para o desenvolvimento do distrito,
além da criação de riqueza e atracção de investimento.
"Temos que construir o Museu da Bíblia no norte e no sul um parque temático como a
Eurodisney", defendeu.
[ ó JPEG, se não estiveres muito ocupado, faz aí um projecto para nós vermos o que é que isto podia dar, tás a ver? é um bocado a puxar à heresia, mas turismo é turismo... ]
Ah, pronto. Se já tem currículo, então está bem...
O dirigente democrata-cristão desvalorizou a
importância de ter raízes no círculo pelo qual concorre, afirmando também que foi
para a secretaria de Estado dos Assuntos do Mar quase por acaso. "Gostava de ir à
praia e andar de barco, nada mais", declarou.
[ pelas minhas contas, isto dá para aí uns 8 milhões de potenciais Secretários de Estado dos Assuntos do Mar, só em Portugal - e alguns até gostam de pescar, mergulhar, fazer ski aquático...a escolha é difícil, bem sei ]
E nós que pensávamos que ele era forcado...
Fernandes Thomaz "explicou" qual é a sua ligação ao distrito de Santarém,
pelo qual o CDS-PP quer eleger dois deputados: "Vou a Fátima, vou a umas toiradas,
vim ver uns amigos, mas nada mais".
[ a sério, pensava mesmo que era forcado - não sei porquê...talvez por aquela virilidade toda com as holandesas da Women on Waves...pegou-as ali de caras com as fragatas da Marinha que foi um ver-se-te-avias]
O secretário-a-quem-fizeram-não-sei-o-quê...
"É natural: eles falam, falam, falam,
falam e nunca os vi a fazer nada", completou o também secretário de Estado
dos Assuntos do Mar.
[ ainda em Santarém, mas agora num momento originalíssimo de comédia ]
Rave, méne!!!! É a loucura, méne!!!Sempre a pastilhar!!duiubiliveinlaifeafetaloveoveove pum-pum-pum altamente!
"No comício socialista neste auditório estava também muita gente,
mas sem este entusiasmo, sem esta alegria, sem esta loucura", exclamou,
à entrada, Nuno Fernandes Thomaz.
[ em Santarém, onde o PP reuniu 1000 pessoas, com paparoca à borla, espectáculo a revisitar as glórias da História de Portugal - onda muito nacionalista, estão a ver, não estão? -, e, claro, a inesquecível prestação do entusiasta citado ]
Que brasa!
Ano de 2005 pode vir a ser o mais quente
Segundo os cientistas da NASA, o ano de 2005 pode vir a ser o mais quente desde que há registos, em resultado da conjugação de um El Niño fraco com as emissões de gases e o consequente efeito de estufa.
Vá lá... Acalmem-se e não se ponham já com ideias! Tipo: paletes de gajas/gajos, barris de cerveja e curtição da pesada, estão a ouvir?
Arranjem umas toalhinhas molhadas, ou uma banheira com gelo, uns garrafões com água fresquinha e passem o estio em casa, guardadinhos da canícula apocalíptica...
World Press Photo Award 2004
O fotógrafo indiano Arko Datta, da Reuters, venceu o galardão com esta foto impressionante tirada em Tamil Nandu, Índia, na qual uma mulher chora a perda de um familiar, uma pequena amostra da tragédia humana que se abateu sobre o Sudeste Asiático.
Indian photographer Arko Datta of Reuters is the winner of this year’s World Press Photo of the Year Award.
His picture of an Indian woman mourning a relative killed in the Asian tsunami was taken in Tamil Nadu,on 28 December.
Outras fotos premiadas, aqui ou aqui.
11.2.05
10.2.05
Adios muchachos…
É o que se pode chamar um gajo com, perdão, sem tomates
Geoff Huish, um adepto da selecção galesa de rugby estava tão convencido de que a sua selecção iria sair derrotada no confronto com sua congénere inglesa no Torneio das Seis Nações - tal era, em termos estatísticos, a superioridade do quinze inglês - que se comprometeu, antes do jogo, perante o grupo de supporters que com ele se deslocou a um bar para assistir ao encontro, que cortaria os “tomates”, caso o País de Gales vencesse o encontro.
E não é que foi isso mesmo que aconteceu! Homem de palavra, se bem o disse, assim o fez. No fim do encontro, o rapazinho, bêbado que nem um cacho, saiu sorrateiramente, foi direito a casa, auto-mutilou-se e, apesar da perda de sangue, conseguiu regressar ao bar onde os amigos ainda estavam, para lhes mostrar que era um homem com, perdão, sem, digo, com, sim, COM TOMATES!
O juramento do candidato
Que a classe política portuguesa siga o exemplo. Ora então, aqui vai uma sugestão do juramento do candidato:
"Eu, abaixo assinado, coiso e tal, frito e cozido, juro por minha honra cumprir, fielmente e na íntegra, o programa do meu partido e todas, repito, todas as promessas feitas durante a campanha eleitoral.
Caso o não faça, autorizo me sejam abduzidos os apêndices."
Voto útil - Parte I
E o nosso voto útil de hoje é:
-Que nunca vos falte o papel nos momentos de aflição!
Se ainda não conhecem...
...visitem estes amigos, sim?
( encontrei a imagem e lembrei-me...assim a despropósito...mas com convicção - é que eles escrevem bem...e...têm piada...e...pronto...é só isto...desculpem lá qualquer coisinha... )
9.2.05
Concurso "Descubra o irmão gémeo"
A R.A.B. lança um concurso muito útil. Ainda não temos prémio, mas garantimos que vai ser muito bom e muito útil.
O Piglet, grande amigo do Winnie-the-Pooh, tem um irmão gémeo. Descobrimos este facto útil e surpreendente quando ouvimos a canção do filme "Piglet's Big Movie".
Para sermos úteis aos concorrentes, traduzimos a canção para português. A letra original fica ali guardada nos Comentários, o que é sempre útil.
Quem é o irmão gémeo do Piglet, quem é? Vá lá, sejam úteis e respondam!
Se eu não fosse tão pequeno
Não é que eu queira dominar o mundo
Ou sequer a floresta
Ou sequer uma árvore
Acho que já seria feliz
Se pudesse ser útil
E se reparassem um bocadinho em mim
Eu já fui útil a escrever
E a chatear o Cavaco
Para branquear tudo
Até já deixei o tabaco
Eu só quero ser útil
Eu não quero ser fútil
Ah, deixem-me ser útil
Eu quero ser estadista
Eu sei que sou pequeno
Mas sou alpinista
Sou a sombra de mim mesmo
Pequenino como um torresmo
Sou um leitãozinho cor-de-rosa
Saltitão e dançarino
Sou um gestor de sucesso
Mas com cheques desatino
No fundo, só quero ser útil
Por favor, deixem-me ser útil
O Piglet, grande amigo do Winnie-the-Pooh, tem um irmão gémeo. Descobrimos este facto útil e surpreendente quando ouvimos a canção do filme "Piglet's Big Movie".
Para sermos úteis aos concorrentes, traduzimos a canção para português. A letra original fica ali guardada nos Comentários, o que é sempre útil.
Quem é o irmão gémeo do Piglet, quem é? Vá lá, sejam úteis e respondam!
Se eu não fosse tão pequeno
Não é que eu queira dominar o mundo
Ou sequer a floresta
Ou sequer uma árvore
Acho que já seria feliz
Se pudesse ser útil
E se reparassem um bocadinho em mim
Eu já fui útil a escrever
E a chatear o Cavaco
Para branquear tudo
Até já deixei o tabaco
Eu só quero ser útil
Eu não quero ser fútil
Ah, deixem-me ser útil
Eu quero ser estadista
Eu sei que sou pequeno
Mas sou alpinista
Sou a sombra de mim mesmo
Pequenino como um torresmo
Sou um leitãozinho cor-de-rosa
Saltitão e dançarino
Sou um gestor de sucesso
Mas com cheques desatino
No fundo, só quero ser útil
Por favor, deixem-me ser útil
Conférência di Imprensá
Sua Ixcelência o Sinhór Primeiro-Ministru da Região Autónoma do Bloffi convoca todus os intéréssados para uma conférência di imprensa qui tirá lugar no Palácio da Tenda Aberta ( na imagem ), résidência oficial di sua ixcelência o sinhór Primeiro-Ministru. Sérão aburdadus temas do interesse geral de todos os Bloffenses, como só pa dar um ixemplo: a qualidade das tartes chinesas que têm chigado ao nosso mercado, os problemas di rispiração pruvucados pela ausência di rispiradores aprópriadus nos narizis pustiços, as calças largas com fundilhos qui não rasgam quando são puxados, entre outros assuntos de grande relevância regional.
A bem da R.A.B.,
Ventoínha Salamaleque ( Primeiro-Ministro )
8.2.05
E vice-versa...
«Chamar ao Acidental um "blogue escrito por assessores de Paulo Portas" (...) pode ofender vários dos meus convidados acidentais (...)» [sublinhado nosso]
( PPM, in O Acidentado )
------------------------------
Por acaso, também acho que há certas coisas que não se chamam a ninguém. Desta vez, Pacheco Pereira excedeu-se.
Que não restem dúvidas relativamente à nossa solidariedade.
( PPM, in O Acidentado )
------------------------------
Por acaso, também acho que há certas coisas que não se chamam a ninguém. Desta vez, Pacheco Pereira excedeu-se.
Que não restem dúvidas relativamente à nossa solidariedade.
7.2.05
Chega de tristeza, cara..
Meus amigos, eu chorei.
Vi isto e chorei que nem um garoto a quem tiram o sorvete.
Eu até dou por mim a abrasileirar o meu português, qual Dr. Machado de Assis (dentista benemérito ), só pra expressar melhor a tristeza em meu coração.
Eu fui correndo ouvir os concertos para sanfona de Brahms e, mesmo assim, continuei a chorar como Saci Péréré (?) quando lhe tiram... aquilo que se tira a Saci Péréré (?).
Como é possível, meus irmãos, fazer uma coisa assim tão safada a um homem que ama e ama? Tirar sua honra?! Isso não se faz, cara. Isso é safadeza mesmo! Atirar uma pedra no peito de quem vos quer tanto bem! Dar um cálice de vinho tinto de sangue a quem sofre por Portugal...
É o bicho, cara, é o bicho! É o bicho feito homem, vira vira lobisomem, sem honra nem calhambeque! Ele que nasceu assim, que viveu assim, que foi feito assim ( qual Gabriela, também vilipendiada por seus vizinhos )...
Ele, que se perde em pensamentos (vírgula aqui, se desejarem) sobre o seu cavalo...Ele, sem lenço nem passaporte, caminhando contra o vento, ele vai, ele vai até ao fim do caminho, com uma promessa de vida no seu coração...
Meus amigos, hoje eu chorei. E por isso eu quero partilhar com vocês esta fofura, para alegrar vocês depois de verem esse clip tão triste. Ele tem uma luz que é de esperança e de conforto. Já dá pra ser um pouquinho feliz, né?
Vi isto e chorei que nem um garoto a quem tiram o sorvete.
Eu até dou por mim a abrasileirar o meu português, qual Dr. Machado de Assis (dentista benemérito ), só pra expressar melhor a tristeza em meu coração.
Eu fui correndo ouvir os concertos para sanfona de Brahms e, mesmo assim, continuei a chorar como Saci Péréré (?) quando lhe tiram... aquilo que se tira a Saci Péréré (?).
Como é possível, meus irmãos, fazer uma coisa assim tão safada a um homem que ama e ama? Tirar sua honra?! Isso não se faz, cara. Isso é safadeza mesmo! Atirar uma pedra no peito de quem vos quer tanto bem! Dar um cálice de vinho tinto de sangue a quem sofre por Portugal...
É o bicho, cara, é o bicho! É o bicho feito homem, vira vira lobisomem, sem honra nem calhambeque! Ele que nasceu assim, que viveu assim, que foi feito assim ( qual Gabriela, também vilipendiada por seus vizinhos )...
Ele, que se perde em pensamentos (vírgula aqui, se desejarem) sobre o seu cavalo...Ele, sem lenço nem passaporte, caminhando contra o vento, ele vai, ele vai até ao fim do caminho, com uma promessa de vida no seu coração...
Meus amigos, hoje eu chorei. E por isso eu quero partilhar com vocês esta fofura, para alegrar vocês depois de verem esse clip tão triste. Ele tem uma luz que é de esperança e de conforto. Já dá pra ser um pouquinho feliz, né?
6.2.05
O Naufrágio do LVSITANIA
(Clique para ver maior)
( Por Pirata Fantasma e Pirata JPEG, d'après Géricault)
Em memória dos náufragos do LVSITANIA, publicamos aqui este excerto de um manuscrito encontrado numa garrafa de Jack Daniels:
«Após sete longos dias no mar, estropiados e derrotados pela má sorte que se abateu sobre nós, desesperávamos já, acreditando que não mais veríamos terra firme. Foi então que o capitão se ergueu, proferindo palavras que nos restituíram o ânimo e a confiança. Disse ele: "Companheiros, camaradas, é preciso acreditar! Eu conheço o rumo! É para o futuro tecnológico que nos dirigimos! Creiam, creiam! Há vida para além deste oceano que nos rodeia! Chegaremos brevemente a uma ilha com computadores, faxes, impressoras, telefones móveis de última geração. Aí podereis enviar um mail aos vossos familiares, jogar pac-man, consultar uns sites malandrecos, se isso vos apraz. Venham atrás de mim!”.
Nesse momento, atirou-se ao mar e começou a nadar com grandes e enérgicas braçadas. Nós ficámos na jangada, a vê-lo afastar-se, qual pequeno ponto na imensidão do Atlântico. Lamentámos a sua má sorte e rezámos pela nossa salvação.
Poucas horas depois, e nunca perdendo o rumo traçado pelo nosso infeliz capitão, chegámos... às Berlengas. »
Com a publicação deste comovente exemplo da nossa literatura trágico-marítima, a Região Autónoma do Bloff cumpre mais uma vez a sua vocação de divulgar grandes textos esquecidos e raras vezes editados. Deste, então, de autor anónimo, nem o Dr. Graça Moura se lembrou para aquela colecção que se vende nos quiosques. O tempora, o mores...!